tag:blogger.com,1999:blog-319812612024-03-07T05:01:56.035-03:00I´ll never get out of this world aliveEu nasci Daniella, mas poderia ter nascido Audrey Hepburn ou ainda Simone de Beauvoir, mas continuaria sendo eu, o que não é nada de mais. Ler meus textos não irão fazer de você uma pessoa melhor, mas ter alguém que os leia fará de mim algo mais do que nada de mais.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.comBlogger102125tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-68991232657981312832024-03-02T21:36:00.002-03:002024-03-02T21:36:15.196-03:00<p> <span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"><span style="font-family: georgia;">Ultima verborragia da noite. Ha coisas que para escrever nao funciona. O vinho inspira mas a realidade espira. Estou aqui tentando me convencer que sou a mesma, mas nao sei mais quem eh aquela que era. O tempo eu percebo diferente, quando acumulamos experiencias, os acontecimentos antigos parecem de outra vida. Tenho 9 delas e nao gastei nem metade.</span></span></p>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-78427361165443223542024-03-02T21:35:00.002-03:002024-03-02T21:39:18.785-03:00<p><span style="font-family: georgia;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;">Vou falar de amor. Ainda que seja breve, ainda que seja diferente, ainda que ja nao seja. Sempre será.</span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;"> </span></span></p><p class="p2" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px;"><span class="s2"><span style="font-family: georgia;">Agora sou um pouco desacredirada do amor. Cago nas minhas antigas declarações, morro de vergonha das minhas antigas crenças. Meu amor expandiu e encolheu, depende do lugar que esta você. </span></span></p><p class="p2" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px;"><span class="s2"><span style="font-family: georgia;">Escrevo sem acento, meu teclado é espanhol e sublinhou você, vi forca e comedia, num surrealismo de ser outra pessoa. </span></span></p><p class="p2" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px;"><span class="s2"><span style="font-family: georgia;">Leio o que ja escrevi e nao me reconheco, como se fosse outra vida, renascida da distancia. Me afastei de tudo para ver as coisas desde fora e perdi o foco ou mudei para algo mais interessante.</span></span></p><p class="p2" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px;"><span class="s2"><span style="font-family: georgia;">Perdi tanto tempo em uma realidade que agora me abrumo quando penso nas possibilidades e nas comparações.</span></span></p><p class="p2" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px;"><span class="s2"><span style="font-family: georgia;">Não da para comparar, nao sei se posso ser a mesma. Queria muito me inspirar como antes, mas a inspiracao em palavras pode ser que tenha tido uma reviravolta e virou outra coisa.</span></span></p><p class="p2" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-size: 17px; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px;"><span class="s2" style="font-family: georgia;">Minha poesia esta no dia a dia.</span></p>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-40326181972948549442020-03-29T13:24:00.001-03:002020-04-08T15:24:22.596-03:00eu nao importo, mas me importoDesde pequena eu imaginei o caos. Povoava meu inconsciente, minhas referencias culturais e sempre pareceu longe demais. De certa forma eu desejava ele, o fim do poço, o the end of the world as we know it. É que ja ta tudo tao embaixo da terra, que se nao implodir, e começar de novo, nao parecia que ia mudar. E vamos combinar, tinha que mudar.<br />
E então, ja era. Ta ai, é fantasma, e histeria, nao é. É uma puta coisa. E agora ta o caos, eu duvido dos meus companheiros, duvido dos meus vizinhos, duvido de mim. Essa ultima duvida sempre tava lá, mas agora ela tem sentido, com certeza.<br />
Porra, eu nao sei o que fazer. Tenho certeza que ninguém sabe. Ta todo mundo tentando seu melhor, ou o seu pior. Agora é tudo sincero, suas duvidas, suas maldades, sua humanidade, sua crueldade, a gente ta tentando.<br />
na inercia do caos, me deixei paralisar. Sem a certeza do que é próximo a ansia por algo novo perdeu seu lugar, e eu também. Por alguns dias um sentido fulgaz parecia poder me controlar, mas isso já se foi.<br />
questionando a realidade ainda nao encontrei as palavras que antes vinham fácil. Perdi sentidos me confundi nas línguas, me afoguei em nada. To nanado até a superficie para chegar até a terra prometida, essa devastada pela realidade que ainda está la, firme e rara. E a gente vai vendo de longe, de uma janela para o sol, de outra para a tecnologia buscando preencher o dia a dia com qualquer coisa que não nos faça pensar, ou pensando demais, juntando números, teorias e sentimentos.<br />
nunca busquei exatamente por respostas, porque o silencio da duvida sempre me pareceu mais bonito. Mas a verdade que esse encanto já nao esta fazendo efeito no emaranhado de coisas que passam pela minha cabeça. Agora mesmo um sinal de que ta tudo bem, me pareceria genial. Ou um alo, para esquecer de tudo e me concentrar na futilidade perecível do amor.<br />
<br />Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-7460252490804007072016-02-01T21:27:00.002-02:002016-02-01T21:28:22.458-02:00Visto-me de luz para te enganar. Finjo na roda que participo da dança, enquanto dentro de mim tudo roda, sem saber. Fui no vento a procura e tudo pareceu ser tao claro.<br />
<br />
Por diversas vezes é.<br />
<br />
Quando o tempo escurece, os meus olhos miopes se turvam e mais uma vez eu me perco no inicio, ou no fim. Deitarei meus sonhos num porque maior, para então ver sentido no "se", que nunca existiu.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-87054868343614006492015-09-16T20:57:00.001-03:002015-09-17T18:22:45.166-03:00se já não somos, não seremos<iframe src="https://player.vimeo.com/video/139526576" width="390" height="375" frameborder="0" webkitallowfullscreen mozallowfullscreen allowfullscreen></iframe> <p><a href="https://vimeo.com/139526576">se já não somos eternos agora</a> from <a href="https://vimeo.com/user22901784">me</a> on <a href="https://vimeo.com">Vimeo</a>.</p>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-23278613499040887762015-09-16T20:28:00.001-03:002015-09-16T20:49:39.962-03:00under the deer<iframe src="https://player.vimeo.com/video/139520170" width="390" height="281" frameborder="0" webkitallowfullscreen mozallowfullscreen allowfullscreen></iframe> <p><a href="https://vimeo.com/139520170">undeer</a> from <a href="https://vimeo.com/user22901784">me</a> on <a href="https://vimeo.com">Vimeo</a>.</p>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-54776228592744043732015-08-20T01:04:00.002-03:002015-08-20T01:04:53.185-03:00Hoje choveu.
Depois de uma tarde quente, o vento gelado e úmido encheu a casa de um cheiro bom. Meu girassol está cada dia mais amarelo e as paredes menos brancas. Esse é o cenário da minha imaginação.
O canto que me pertence, muitas vezes não parece meu. Sempre assisti a minha vida como um filme e são poucos os momentos em que percebo que aquela sou eu. Como se fosse uma distância infinita desse corpo que habito e dos pensamentos que me pertecem.
Tudo que foi meu, sempre me pareceu parte de um instante arquitetado e construído para existir como meu somente nesse específico momento. Nunca estive segura, mas continuo tentando não me apegar.
Faz tempo que não tenho escutado ensurdecedoramente, o silêncio. Carros, palavras, respiros são como música que eu escuto e também aprendi a ignorar.
Todo esse universo que participo, eu vivencio como uma gota que vaga pelo cosmos, perdida e insignificante diante de tudo. E cada segundo parece poesia, jogada no espaço, esperando encontrar ou ser encontrada.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-37633609678428177942014-02-25T12:23:00.002-03:002014-02-25T12:23:22.234-03:00aquilo que aquilo éEventualmente eu me deparo com o medo de perder isso aqui. Das palavras que tantas vezes saem fácil, como máquina de sentimento, se calem para todo o resto do tempo. Não que tenha algo de interessante para compartilhar, até tenho, mas não é aqui que faço. Isso aqui é meu, e de quem quiser, caso queira. Mas é meu de me deixar ser e dizer e gostar ou não daquilo que disse.
Poderia escrever um artigo sobre as atrocidades que andam acontecendo ao redor de todos que moram nesse país, mas não é para isso que isso aqui serve. Poderia escrever mensagens destinadas à pessoas que gosto ou que não gosto, como já fiz antes, mas aprendi, isso também não é o propósito disso aqui. Poderia selecionar coisas interessantes do mundo e compartilhar com quem quisesse por aqui, mas isso também não é o que faço nesse lugar.
Afinal, porque mantenho um espaço, que se encontra sempre desencontrado, abandonado e desinteressante? Não sei. Mas acredito que seja para deixar registrado um eu que talvez só eu mesma conheça, para deixar aquilo que mora aqui dentro, fora. Para se alguém um dia quiser ler, entender um pouco do que era o vazio da cabeça de alguém que nem importa, mas que escreve sem nem ler o que escreveu. Não que seja importante, não que faça alguma diferença, não que se destaque. Mas se tanto resto se pretende fazê-lo e não passa de inutilidade, pelo menos a minha inutilidade é auto intitulada e não se sente obrigada a fazer nada.
Me livra um pouco de alguma coisa qualquer que não sei o que, sei lá por que motivo. Me permite escrever um bloco de notas rapidamente, o que nunca acontece no trabalho. Me obriga a pensar um pouco naquilo que não penso. Me faz deixar pedacinho do que eu acho que sou eu para trás...
Acho que é isso que isso daqui é.
isso aqui costumava ser um lugar para deixar as tristezas para trás. talvez estou só me escondendo no nada, daquele muito que a vida é.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-61425708159401843262013-08-07T18:49:00.002-03:002013-08-07T18:49:57.299-03:00One of those daysNao havia movimento algum naquela rua. Talvez fosse pelo adiantado da hora, talvez o pesar que abraçava o momento carregava em si o vazio por onde ia.
Do adeus se fez o silencio, um vácuo que fazia tinlintar o frio naquele asfalto cravado de rachaduras que remetiam a todos os segundos jnfinitos anteriores que aconteceram ali também.
O que se seguiu foi tudo que ambos poderiam esperar: um caminhar medroso na companhia da solidão. Uma chave de casa, onde nao se deveria ir, afinal, quem a pertencia agora?
A brisa seca trazia folhas e a certeza que o penar era o resultado plausível do amor.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-44608822167332631202012-10-17T23:54:00.001-03:002012-10-17T23:54:44.633-03:00palavras de uma entorpeperdi as notas certas, parei nos instantes errados e agora corro atrás de todo perjúrio acometido. passo horas buscando "alôs" em "adeus" e não vejo erro. saio do correto todo instante, mas não me alarmo. peço informação, ando torta, caio de bicicleta.
tomo uma cerveja enquanto procuro o caminho e me perco. faço parte dos meus pensamentos, mas me perco em todo o resto. fumo então mais um cigarro tentando me salvar e corro na lagoa para consertar. abro um livro e me encanto, canso e resolvo perder meu tempo. penso e repenso meus passos, para logo depois agir sem pensar.
busco sentido na vírgula, não aceito o fim do ponto final. procuro salvação em cada coração, desconjuro o mundo com todas as bocas. observo os desconhecidos, me distraio ao ver o importante. grito, brigo, saio andando e no final, sou vítima. penso em me guardar, escrevo além do que eu tenho coragem de pensar que falo.
ando assim, duelando entre eu e aquela que posso ser e estou bem. sonho bons sonhos, almejo o que for possível alcançar, deito meu coração no cotidiano. sou toda ouvidos na minha distração. me perco ao me encontrar. ainda sou eu e só eu, eu sou. Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-61341632576998920102012-10-13T20:39:00.001-03:002012-10-13T20:39:07.756-03:00Não aceito Aurelianos.Estranho perceber que não me toca a solidão, como me consterne a frialdade dos solitários e me assombra a possibilidade de me pegar sentindo pertencente à alguém cujas crenças passam longe da permissividade à outro alguém; ainda que muitas vezes me senti capaz de transfigurar à essência de outro através de nada mais além de amor e existência, a solidão engana. Chega-se a acreditar em seu fim, quando ela apenas se mascara atrás da rotina, ou de sua quebra.
Me gela os últimos ossos da espinha pensar em encontrar uma verdade triste após anos de dedicação inutilizada. Me dói a cabeça quando tento analisar cada um que me possui em coração, e coloco ali um ponto que semeia a dúvida e a desconfiança. Me odeio quando penso demais e balanceio ois, tchaus e adeus.
Fecho os olhos e me entorpeço em outro sentimento ou pensamento paranóico outra vez. Prefiro a dor à solidão.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-10001913860661456302012-07-16T22:45:00.000-03:002012-07-16T22:45:08.487-03:00qual ser, qual se é.não existe o que dizer, ainda. tem-se o futuro e a volta dos planos, a mudança. ah, a mudança. mundança. mundo incrível cheio de possibilidades, caminhos diversos, escolhas, simpatias, empolgações. tem-se a vida. tanto, tanto. tanto. tato. tato para dizer, sentir, fazer. futuro, caminho, seguir. tem-se a vida. a vida segue, os caminhos aumentam conforme aumenta-se o tempo de vida.
a família cresce, a vida incha. quer-se tudo. tudo é só uma parte do mundo que se tem acesso, tudo é só um pouco na vida de cada indivíduo que batalha e vive, por si só. só se segue. junto se constrói. só pára, só segue, só é; a vida vai, passa adiante, volta uns passos atrás e espera. o tempo é nada perto do que se tem dentro de si. tenho o mundo e o mundo me tem. à vezes me perde, às vezes me perco. o espaço, o tempo, é tudo muito pouco para tudo que se imagina, para tudo que se planeja.
dia-a-dia continua, o tempo passa, se vive a vida. a vida consome e se consome a vida. que é ser alguém, dentro de tanta gente, dentro de si? é ser. pouco a pouco, na espera de ser algo mais. e ser o que se é, na pequenez de se ser. e bom assim, que se pergunta e se responde. porque nada é quem se é, ninguém é o que é ser. viver é dúvida, sobreviver pode ser a reposta. a vida é linda, quando se quer que ela assim seja.
amo tudo, amo a todos, amo você.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-20475499446740953202012-02-28T12:37:00.001-03:002012-02-28T12:39:43.644-03:00all the possible worldsNão quis dizer de primeira. Fez como se fosse fazer uma pausa dramática e desistiu. Não era a primeira vez que guardava dentro de si tudo que estava explodindo em sua garganta para fora. Mais uma vez pensou demais, criou fantasmas e desenterrou motivos para deixar para lá. O correr da vida faz passar, pensa. <br />Perdidas entre seus pensamentos, memórias e idéias, vagam muitas coisas que ficam só. Talvez um dia pulem para fora num falar desgovernado, ou se montem aos poucos num papel digital de modo enigmático e pouco conclusivo. Tem coisa que não se divide, ou não se deve proferir.<br />O tempo sempre apaga a força e a vida tem em seu papel, a obrigação de se fazer esquecer, ou se superar, ou apenas mudar as importâncias oufrequencias. Nada disso dói mais e, talvez, essa seja a explicação para muita coisa. Esquece-se de si ou da pessoa que poderia ter sido se tivesse ido por aquele caminho que fugiu de suas mãos, ou do qual fugiu, por qualquer motivo que seja.<br />Faz de si um emaranhado de escolhas e soluções, muitas vezes tardias, moldando cada ruga ou cova de seu rosto. Impossível saber qual, dentre todos os mundos possíveis é o seu, ou qual teria sido mais confortável, fácil e estável de se ter seguido. Ora sente o peso de cada pequena escolha, ora abre um sorriso imenso frente ao que se tem ou se é. <br />Talvez não exista mesmo essa coisa de calma, que sempre se procura. Talvez exista e acompanhe, mas se guarde, para quando, na casa arrumada e na vida que vai se seguindo, um sentido efêmero crie paz.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-18769155404388561962011-12-19T19:48:00.001-02:002011-12-19T19:52:32.566-02:00muitas vírgulas de uma página amarela rasgadafoi quase como uma bomba. era para ser uma espiada só, e pronto. mas a falta de atenção deslocou o olhar mais uma vez, fazendo perceber de fato tudo que estava acontecendo. como se já soubesse, viu, no lugar que, se tivesse pensando em ver, ja imaginaria. <br />a boca seca se abria um pouco, quase não dava para reparar. o estômago engolindo gelo invisível e as pernas tremendo experimentavam uma sensação que só se lia nos livros. O adeus que tinha ensaiado discreto e despojado, somado à essa nova situação, pareceu desesperado e até mesmo um pouco infantil, patético. <br />mais infantil foi seu reflexo de sair correndo, como se estivesse fugindo, não para não enxergar o que tinha visto, mas como se pudesse não ter sido vista, uma vez que já havia. quase se escondeu atrás das enormes e velhas árvores, mas sua razão já estava voltando aos poucos.<br />na verdade, nada era uma surpresa, a vida continuaria a mesma, na prática. mas com menos certezas. se tivesse parado um minuto, saído de sua fantasia cor-de-rosa, já era de se prever. foi como se finalmente a realidade fosse vista, além daquela que sempre platonizou. vários muros desenhados caíram, e a vida real se deitou, com todo seu peso, ali mesmo. <br />nunca mais foi tão fácil, já não podia decidir tudo por si, a vontade dos outros não podia mais ser imaginada, nem creditada em palavras qualquer. a dúvida fez perder um pouco da criatividade. mas a crueldade resultou, como sempre, em mais poesia.<br />anos se passariam até a lembrança desse momento, que nunca havia esquecido, nunca havia desaparecido, mas que preferia não pensar. não que doesse, era só mera falta de importância que, superficialmente, aparentava ter, depois de alguns meses. só ao se lembrar, anos depois, caçando alguma coisa para pensar, que percebeu, de fora, o que acontecera.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-63512680303187337412011-11-24T12:42:00.001-02:002011-11-24T12:42:44.448-02:00Eventualmente<div style="text-align: justify;">Deixa. Que ela tem o tempo do lado. Tem tanto para procurar, tanto para encontrar... e perder. O sorriso forçado, puxando a alegria eufórica que se busca na juventude acima de tudo. A cara redonda que não começou a cair e formar os vãos da idade, a felicidade de se sentir parte, de achar que tem um lugar em algum lugar que lhe pertence. A ignorância e arrogância dos que acreditam que só tem a ganhar, que nunca irão morrer ou envelhecer. Deixa, que nunca deveríamos perder nada disso, mas ainda jovem o tempo abandona, passa mais rápido, desespera. Deixa que lhe restam poucos momentos assim, a criança morre.</div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-86776124117541905702011-11-24T12:24:00.001-02:002011-11-24T12:24:21.481-02:00<div style="text-align: justify;">Eu me aprisiono. Muito em minhas palavras, tanto mais nos meus solitários pensamentos. Tanta coisa que fica guardada, forçando uma saída, tanta coisa que sai deliberadamente sem caminho certo a seguir. Minhas certezas sempre me deixam dúvidas, mas fujo de outras explicações com medo de perder minha razão. </div><div style="text-align: justify;">Sinto muito pelo vazio de apenas existir. Apagaram os planos mirabolantes sobre a vida, ficou o aceitar do dia a dia. Quero a megalomania de volta, mas não tem volta, o caminho como um papel antigo e o que se tem é tudo o que sobra. Não quero mudar meu caminho, só queria ter a possibilidade de outra coisa qualquer, só pra sentir que sou livre e me enganar.</div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-25806062457526205052011-09-16T12:37:00.000-03:002011-09-16T12:43:39.841-03:00tão bobinha, essa menina.<div style="text-align: justify;">não sei o que dizer. Não sei se posso dizer tudo que sinto, às vezes me sinto meio presa, meio perdida. como se estivesse amarrada em um lugar que me faz sentir que é ali que devo ficar e ao mesmo tempo me deixa milhões de dúvidas sobre todos os outros espaços que não alcanço e não posso conhecer. puxo ao máximo esticando meu alcance, dando olhadas no que pode estar mais ali na frente, mas tenho medo de me perder e volto, pouco antes que a corda se arrebente. sou realmente um medrosa, flerto com a vida, mas quando ela vem para cima de mim, eu fujo, como uma criança que não sabe o que fazer. mas dou meus passos de formiga, sei que tenho algo pela frente como se sem sentir, fosse puxando mais e mais tudo aquilo que me segura, para que, ou me siga, ou se desprenda. </div><div style="text-align: justify;">não sei lidar com a perda, nem com o abandono, então nunca abandono nada, até que essa coisa me abandone.</div><div><br /></div><div><br /></div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-18385134848937762822011-06-03T18:00:00.001-03:002011-06-03T18:00:42.241-03:00imobilizada<div style="text-align: justify;">Solidão. No meio de tanta gente, ainda se sentia alheia, sentada no banco, sozinha, ela lia cara expressão, cada gesto e sorriso. Era como se estivesse de fora, olhando para uma cena qual não participava. Como se ninguém a visse, ali, encolhida em sua própria existência.</div><div style="text-align: justify;">Não tinha vontade de participar. Ninguém buscava sua participação. As horas iam passando e algo mais faltava que ela nucna saberia. O mundo estava todo lá para se ver e se viver e ela estática. Esperando por alguma coisa que fosse mudar o curso de todo o resto, mas tudo mudava, menos seu canto frio. Às vezes achava que ouvia alguém gritar seu nome, mas como em sonho, a voz desaparecia. </div><div style="text-align: justify;">Nada a prendia, mas o mundo a segurava. Tanta ânsia por ser livre e ir embora e continuava lá, parada, imóvel. Assistia de longe todos irem embora, caçarem o rumo de suas vidas, se separarem da sua, e continuava lá. Algumas gotas de chuva, pensou em se levantar e ir embora de novo, mas não foi. Mais uma vez tudo ao seu redor mudou, mas tudo continuava igual.</div><div style="text-align: justify;">Era como se fosse rodeada de uma parede invisível que separava tudo de seu corpo inerte. E sentia a dor de não ser igual, de não ser forte ou decidida. Sentia pena, de todos e principalmente dela. Todas as promessas que ela poderia ter sido e que fez e nunca cumpriu ou vai cumprir. Talvez fique ali para sempre, com sua boca cheia de dentes e seus olhos vazios, talvez nunca mude, sentindo medo demais de não mudar.</div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-81901316426399686852011-05-20T02:36:00.000-03:002011-05-20T02:37:00.011-03:00achando ainda os bytes perdidos<div style="text-align: justify;">Queria ter tido a chance de dizer adeus, antes que todos partissem. Por alguns curtos efêmeros momentos, eu os tive. Todos eles. E eles se foram. Como eu já imaginava que aconteceria. Mas eu queria mais uns segundos, que não me deram. E eu fiquei só. Contando as horas para o fim. E contei todas elas, até quando perdi a conta e parei de contar. Mas continuei sem explicação. E sem ninguém também. À beira do abismo que eu espreitava e que espreitava a mim. E eu olhando para cima, à espera de um sinal para me jogar. Sinal que não veio, é óbvio. Sinais foram embora com eles. E me deixaram sem mais nada. Talvez algumas palavras e fotos que eu guardo para não amarelar. E algumas músicas também, isso sempre sobra. Guardei vozes na minha cabeça, também de lembrança. Mas essas eu sei que irão sumir, perdidas no contínuo do descontínuo.</div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-21200295487157093242011-04-05T16:39:00.002-03:002011-04-05T16:41:49.196-03:00too late to be<div style="text-align: justify;">foi escrito para quando a coragem me atingisse, ela que sempre me pega quando estou sozinha lidando com nada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Faz tempo que penso em escrever isso aqui, desde que eu li na verdade. Fazia tempo que não entrava no seu blog e fui parar lá por acaso, curiosidade, saudade, ciúmes, sei lá. sei que vasculhando nos arquivos vi que tinha eu lá, um texto do nada, que fez meu coração sempre esperançoso bater até mais forte, pensando que as coisas não mudam tanto como todo mundo diz mudar.</div><div style="text-align: justify;">conforme eu fui lendo, a expectativa me deixou como aquela daniella de anos atrás quando recebia algum e-mail de algum paquerinha virtual, mas era você. a mesma ´pessoa você que me fazia sentir em casa, em qualquer lugar, que eu não desgrudava, que eu cuidava, me preocupava, que às vezes me parecia a mais sincera de todas. e quando cheguei no final, me senti frustrada, como no dia que li ingratidão com olhos incrédulos. você ainda é a mesma pessoa que não me deu o benefício da dúvida, que simplesmente me apagou da sua vida, esquecendo todo o passado e tudo que passamos, tudo que fiz (e não me arrependo, deixo claro, porque fiz por quem estava comigo no momento, mesmo que não seja mais você), todas as vezes que deixei minha vida de lado pra estar do seu lado... eu sou essa mesma pessoa, que tempos depois subjulgou falsa e interesseira, mesmo depois de tudo, tudo aquilo. você falava de mim como qualquer um que entrou na sua vida e depois foi embora...</div><div style="text-align: justify;">mas eu sou assim, eu fico esperando por aquela pessoa de volta e então continuei procurando em algum lugar, escondida de mim mesma, do meu orgulho, procurando e esperando por outro sinal, um em que uma pontinha de arrependimento aparecesse, uma pontinha de vontade mudar, uma pontinha de saudade, mas eu nunca mais fui citada. foi só aquilo mesmo que você sentiu quando escreveu e continua sentindo. e hoje eu tava relendo os meus textos, como sempre gosto de fazer e achei um post de 2007, no ápice do que tivemos, quando postei na nossa guerra de nós contra eles do mundo e olha lá, a ironia... quem diria que um dia essa música caberia tão bem na gente (muito melhor do que para eles, inclusive). alguma coisa mudou em você e, apesar dos pesares, eu não sou tão inocente assim, alguma coisa mudou em mim também. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">ou então a gente simplesmente parou de tentar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">TUESDAY, APRIL 24, 2007</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>For the friends I don´t have anymore:</i></div><div style="text-align: justify;"><i>"Stayed in bed all mornin'</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Just to pass the time.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>There's somethin' wrong here.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>There can be no denying.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>One of us is changin'</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Or maybe we just stopped trying</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>And it's too late, baby,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Now it's too late,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Though we really did try to make it.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Somethin' inside has died</i></div><div style="text-align: justify;"><i>And I can't hide and I just can't fake it.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Oh, no, no, no, no, no, no..</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>It used to be so easy</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Livin' here with you.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>You were light and breezy</i></div><div style="text-align: justify;"><i>And I knew just what to do.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Now you look so unhappy</i></div><div style="text-align: justify;"><i>And I feel like a fool</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>And it's too late, baby,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Now it's too late,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Though we really did try to make it.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Somethin' inside has died</i></div><div style="text-align: justify;"><i>And I can't hide and I just can't fake it.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Oh, no, no..</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>There'll be good times again</i></div><div style="text-align: justify;"><i>For me and you,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>But we just can't stay together.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Don't you feel it too?</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Still I'm glad for what we had</i></div><div style="text-align: justify;"><i>And how I once loved you,</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>But it's too late, baby,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Now it's too late,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Though we really did try to make it.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Somethin' inside has died</i></div><div style="text-align: justify;"><i>And I can't hide and I just can't fake it.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Oh, no, no, no, no, no, no..</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>It's too late, baby.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>It's too late, now, darlin'.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>It's too late."</i></div></div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-75175170264146584142011-02-08T00:25:00.001-02:002011-02-08T00:25:30.619-02:00nada disso é meu.<div style="text-align: justify;">E lá estou eu. Me esquecendo de mim mais uma vez, negando meus problemas que eu posso empurrar com a barriga por mais um tempo, como sempre fiz. Fumando cigarros que não são meus, bebendo o vinho que não fui eu que comprei, lendo um livro que só posso desejar ter escrito, me revoltando com histórias de vidas que não são minhas e me alegrando por outras que passam por momentos que também não fazem parte do que compõe o que eu passei.</div><div style="text-align: justify;">Parei de ler o livro que mais me consumiu nos últimos tempos. Parei de assistir a série que mais vi em toda minha vida. Parei de conversar com meus amigos que talvez mais precisassem de mim no momento. porque senti essa urgência em escrever sobre o que não está me acontecendo. sobre minha revolta com ações de outros com outrém. sobre minha felicidade de pessoas que conseguem overcome situations. sobre textos que mechem comigo e me fazem querer mudar minha vida.</div><div style="text-align: justify;">Mas agora que estou aqui, não tenho nada a dizer, como sempre. não vou reclamar de nada pois não sei se estou em posição de reclamar ou agradecer. se preciso de mudança ou de perseverança para continuar tudo como está. só escrevo,porque o alcool faz de meus dedos máquinas digitadoras que nem ao menos leem o que estão a escrever. porque a noite faz de mim uma romântica, uma poeta que nega a minha própria realidade. E prefere pensar na realidade de outros. Porque o livro que criei em mim com todas as teorias que gostaria de compartilhar estão guardados no fundo da minha mente, para o momento certo, que provavelmente nunca chegará.</div><div style="text-align: justify;">fico na vida do gozo prematuro que não consegue alcançar o orgasmo perfeito atravéz de paciência. Logo eu, que sempre fui a mais paciente de todos, não tenho paciência com meus próprios pensamentos, minhas próprias ideias. talvez deveria comprar um gravador, como falei a pouco que faria, mas sei que nunca vou fazer. vou ficar me lamentando por tudo aquilo de significativo e interessante que se passou pela minha cabeça e guardei pra mim, por medo, vergonha ou preguiça. é mais fácil ser sábia para ajudar do que para criar.</div><div style="text-align: justify;">e já não sei se o que escrevo faz sentido do começo ao fim, porque uso o conselho que dei para me distrair da minha própria realidade. escrevendo livre-associações que no final não me levarão a nada. revendo episódios de seriados que já vi e deixando o livro que me hipnotizou de lado, aberto na pagina que parei, para voltar a ler quando me der na telha. </div><div style="text-align: justify;">vou lá, criar coragem. não para dizer sobre tudo que vem passando em minha mente confusa, mas para voltar a ler a confusão da mente de outra pessoa que me encanta. porque sempre me foi mais fácil a genialidade e a vida interessante dos outros do que minha mediocridade e problemas que eu mesma crio. vou lá voltar pro meu livro, que me distrai da minha realidade ao mesmo tempo que abre meus olhos pra realidade lá fora, que sempre foi mais interessante que aqui dentro.</div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-33221657136399989482011-01-17T15:52:00.002-02:002011-01-17T15:56:19.508-02:00provavelmente é.<div style="text-align: justify;">e se for verdade? que eu nunca vou terminar meus planos, que eles são brincadeiras de uma criança que não sabe crescer? que eu preciso aprender a andar por minha própria conta e que nunca vou conseguir? e se for verdade que o melhor a fazer é aceitar minha ordinariedade e parar de pensar que posso um pouco mais? eu nunca consegui, oras. já está ficando tarde e o sol já não queima tanto me permitindo desacelerar meus processos. a noite é fria e solitária e sem conseguir uma porta aberta para entrar, eu fico na rua, pra chegar no novo amanhecer e ter que pegar aquele caminho que eu fujo desde a primeira manhã da minha vida.</div><div style="text-align: justify;">acho que se for verdade, eu corro, pego o primeiro trem pra lugar nenhum e finjo poder recomeçar quantas vezes eu quiser. pior do que ter medo de achar que não consigo é escutar alguém dizendo que essa é a verdade, para mim, isto é o fim. quero sair correndo agora, deixar tudo pra trás e ir para onde não sei de ninguém e ninguém sabe de mim. mas sei que devo e vou ficar, tentar e quem sabe até conseguir pra mostrar que no fundo eu não sou aquela perdida que eu sempre me pintei ser e que sim, a noite é minha.</div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-456676635737897802010-12-06T17:59:00.001-02:002010-12-06T17:59:32.583-02:00o raio<div style="text-align: justify;">O contato que temos com nosso próprio eu é um pouco do que é a própria realidade, a estranheza que toma conta, dúvidas e a poesia que podemos encontrar ali escondida é uma versão em pequena escala daquilo com que nos deparamos no dia-a-dia. A diferença é que a reflexão sobre nós mesmos sempre nos faz exergar o tão pouco que sabemos, que temos consciência, do ser, do que somos. E essa grandeza que nos envolve e às vezes nos exclui, é amendrontadora, nos faz sentir como pequenos seres diante de um objeto que nosso campo de visão nunca terá capacidade de enxergar.</div><div style="text-align: justify;">Estamos acostumados a negar esse todo que desconhecemos, de forma que é questionado aquele que questiona; a rotina desloca nossas idéias para aquilo que é mais imediato, mais social e acessível. Para muitos não faz sentido pensar sobre motivos e razões maiores, se tudo que somos é isso que vivemos. São loucos aqueles que pensam além do trabalho, lazer, estudo de sua vidinha que é tudo que importa. Acontece que às vezes num lapso de consciência que nos abate como um “raio” essas dúvidas, que talvez nunca foram nossas, passam a perseguir nossos pensamentos e mudam completamente a maneira como enxergamos a nossa vida, mudam nossos valores.</div><div style="text-align: justify;">Por mais amedrontador que pareça chegar perto dessa desestabilização que é questionar a complexidade que costumamos ignorar, ela leva mais longe. A arte se deita nesse inquietamento, nesse sentimento de pequenez nossa e imensidão fora de nós. O processo criativo se assemelha à esse sentimento e até mesmo surge dele. Ele é uma habilidade da mente humana, de traduzir as percepções e os entendimentos que estão escondidos no fundo do nosso inconsciente e nos deparamos em momentos de nossa vida e levá-los para a arte, para a ciência, para a medicina, para a engenharia, para as escolas, universidades, empresas, pessoas e até para o dia a dia de todos nós. Essa idéia nos alcança e nos persegue até que se consiga finalizar ou entendê-la. O processo criativo é o “caminho” que a nossa mente faz quando uma idéia é germinada. Em outras palavras, poderemos afirmar que o processo criativo é a habilidade de desenvolvermos a qualidade do nosso pensamento. </div><div style="text-align: justify;">Quando tomados por um vislumbre, algo como um acordar meio ao entorpecimento do dia a dia, não só queremos entender além dessa espiada, uma necessidade de mostrar aos outros, de acordá-los, toma conta. É quando a produção de obras desafiadoras acontece, que são até mesmo capazes de incitar esse sentimento em outros.</div><div style="text-align: justify;">Não acredito que exista fim para essa inquietação, ela se transforma numa perseguição diária, que provavelmente não encontrará uma resposta, mas que muda a vida de quem a encontra.</div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-68273844294159089782010-11-06T20:45:00.002-02:002010-11-06T20:47:39.802-02:00frustação de sextaNão sou artista, não sou jornalista.<br />não sou nada. sou disperdício.<br />disperdício de carbono.<br />mesmo sabendo da minha falta de talento, eu tento.<br />esperando alguma benção que faça bonita e interessante.<br />frustante, massante.<br />insignificante.Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31981261.post-71123265420919909432010-07-12T15:48:00.000-03:002010-07-12T15:49:33.064-03:00as coisas como estão<div align="justify">fiquei alguns segundos fitando esse notepad em branco. tenho a necessidade de escrever e milhares de frases prontas na minha cabeça, mas na hora de colocar pra fora, todas se escondem em algum canto que não sei achar. Fico deitada no puff analisando a decoração da varanda e todo dia mudo algum detalhe, algo como que faço com minha vida. Às vezes a reposta seria comprar tudo novo, ou mudar completamente minha vida, mas eu ainda gosto e me aconchego do jeito que estão.<br />Eu sempre aprendi a ter paciência na marra mesmo; todas as vezes que esperei por alguém ou fingi esperar por uma oportunidade melhor. Mas a verdade é que pouquíssimas vezes as pessoas realmente chegam e as oportunidades menos ainda. Talvez no fundo eu saiba que era eu que devia estar indo atrás, mas gosto sempre de esperar pelos sinais que o destino me mostra quando se cansa de esperar e decide por mim o que fazer. Ele sempre me pareceu ter razão, além do mais nunca fui segura o bastante pra tomar as rédeas da vida num impulso mais forte.<br />2009 acabou com o meu pedido de se esquecer e nunca mais voltar lembranças, resquícios ou arrependimentos. Passou. Nesse ano resolvi mudar pra poder deixar tudo aquilo para trás e agora estou aqui, na minha casa, que aos pouquinhos vou montando e mantendo com o dinheiro que ganho no trabalho que ainda tenho que ouvir que não é bom o bastante pra mim. Ora, eu gosto de ter o dia inteiro pra mim, para pensar, fazer nada, deitar na varanda e tomar sol de pijama. Nunca aspirei à carreiras prolongadas e sempre esperei alguem enchergar um potencial em qualquer coisa em mim. Foi assim que achei o amor da minha vida e falo que não tenho a reclamar, tenho meu par, meu companheiro e nem fui eu quem achou, acabei bem sendo achada.<br />Passo essa tarde esperando pelo nosso armário que faz mais de mês que compramos. Meio que para poder organizar de fato nossas coisas, poder colocar minhas fileiras de vestidos cinzas ao lado das camisetas que eu dei, colocar meus sapatinhos e botas ao lados dos tênis dele. Arrumar nossa roupa de cama e poder trocar toda semana por alguma mais cheirosa e confortável para dormirmos abraçados. Tem dois quartos vazios para mobiliar e decorar pra daqui uns 5 anos, quando me formar de novo, levar tudo embora pra qualquer lugar que ele queira ir. Às vezes penso no rio, mas na verdade queria ir mais longe, mas deixo pra ele decidir, porque o que eu sempre quis mesmo eu já tenho, que é ele aqui, comigo.<br />Minha roomate tá lá no andar de baixo, varrendo a sala cheia de isopor dos puffs e enchendo a casa com a gente. Sempre gostei de dividir mais do que o normal e gosto de ter mais alguém que gosto para dividir o canto que seria pra ser só meu. A rotina vai caminhando e sendo divertida do jeito que está. Mês que vem eu fico sem tempo, mas sempre vai ter uns minutinhos sobrando para festa.<br />Um dia desses muda mais essa fase e eu vou pra longe, voar pra onde ainda não sei, pra acabar voltando depois, pra qualquer outro lugar.<br /><br /></div>Yoshimihttp://www.blogger.com/profile/15950538004451808697noreply@blogger.com3