Ultima verborragia da noite. Ha coisas que para escrever nao funciona. O vinho inspira mas a realidade espira. Estou aqui tentando me convencer que sou a mesma, mas nao sei mais quem eh aquela que era. O tempo eu percebo diferente, quando acumulamos experiencias, os acontecimentos antigos parecem de outra vida. Tenho 9 delas e nao gastei nem metade.
Saturday, March 02, 2024
Vou falar de amor. Ainda que seja breve, ainda que seja diferente, ainda que ja nao seja. Sempre será.
Agora sou um pouco desacredirada do amor. Cago nas minhas antigas declarações, morro de vergonha das minhas antigas crenças. Meu amor expandiu e encolheu, depende do lugar que esta você.
Escrevo sem acento, meu teclado é espanhol e sublinhou você, vi forca e comedia, num surrealismo de ser outra pessoa.
Leio o que ja escrevi e nao me reconheco, como se fosse outra vida, renascida da distancia. Me afastei de tudo para ver as coisas desde fora e perdi o foco ou mudei para algo mais interessante.
Perdi tanto tempo em uma realidade que agora me abrumo quando penso nas possibilidades e nas comparações.
Não da para comparar, nao sei se posso ser a mesma. Queria muito me inspirar como antes, mas a inspiracao em palavras pode ser que tenha tido uma reviravolta e virou outra coisa.
Minha poesia esta no dia a dia.
Sunday, March 29, 2020
eu nao importo, mas me importo
E então, ja era. Ta ai, é fantasma, e histeria, nao é. É uma puta coisa. E agora ta o caos, eu duvido dos meus companheiros, duvido dos meus vizinhos, duvido de mim. Essa ultima duvida sempre tava lá, mas agora ela tem sentido, com certeza.
Porra, eu nao sei o que fazer. Tenho certeza que ninguém sabe. Ta todo mundo tentando seu melhor, ou o seu pior. Agora é tudo sincero, suas duvidas, suas maldades, sua humanidade, sua crueldade, a gente ta tentando.
na inercia do caos, me deixei paralisar. Sem a certeza do que é próximo a ansia por algo novo perdeu seu lugar, e eu também. Por alguns dias um sentido fulgaz parecia poder me controlar, mas isso já se foi.
questionando a realidade ainda nao encontrei as palavras que antes vinham fácil. Perdi sentidos me confundi nas línguas, me afoguei em nada. To nanado até a superficie para chegar até a terra prometida, essa devastada pela realidade que ainda está la, firme e rara. E a gente vai vendo de longe, de uma janela para o sol, de outra para a tecnologia buscando preencher o dia a dia com qualquer coisa que não nos faça pensar, ou pensando demais, juntando números, teorias e sentimentos.
nunca busquei exatamente por respostas, porque o silencio da duvida sempre me pareceu mais bonito. Mas a verdade que esse encanto já nao esta fazendo efeito no emaranhado de coisas que passam pela minha cabeça. Agora mesmo um sinal de que ta tudo bem, me pareceria genial. Ou um alo, para esquecer de tudo e me concentrar na futilidade perecível do amor.
Monday, February 01, 2016
Por diversas vezes é.
Quando o tempo escurece, os meus olhos miopes se turvam e mais uma vez eu me perco no inicio, ou no fim. Deitarei meus sonhos num porque maior, para então ver sentido no "se", que nunca existiu.