Wednesday, September 19, 2007

for every single kiss you bring, i ask for two

22/01/2005 01:27
E o vento surge do nada e refresca meu rosto com seu sorriso. E eu olho para frente e não vejo mais nada. Nada além desse sorriso de criança que me lembra a infância que eu tive e não me lembro. No fundo eu sempre procurei alguém assim que me fizesse bem. Mas sempre foi mais fácil amar quem nem ao menos gostava de mim.
E um dia eu me vi feliz, andando, segurando as mãos de alguém que não quer largar das minhas. Beijando a boca de alguém que não procura outro sabor nos meus beijos. Eu não quero mais aquele menino complicado e subjetivo que eu tento desvendar através de suas palavras difíceis e suas frases desconexas, desde que meu coração passou a querer bater por alguém. Também não quero mais aquele ex que foi muita coisa, mas no final não foi absolutamente nada além de um ex qualquer, desses que a denominação por si só basta. Não quero mais meus amores de criança. Não lembro mais quem foi o primeiro amor e o meu primeiro beijo é só um cara qualquer que eu encontro nas férias e tento ser natural.
Não quero que você me ache piegas, como eu não achei que você fosse quando nos conhecemos. Eu quero ser feliz com você, e acima de tudo fazer você feliz. Porque o seu sorriso me completa e eu só quero isso. Falar banalidades no telefone com você, só para ouvir sua voz enquanto olho para essa tela fria e rir dos nossos comentários sem graça. Dormir no seu ombro e deixar o mundo se despedaçar e nem ver. Ver você rindo das minhas caretas e fingir que eu não gosto. Eu não quero ter uma música para me lembrar, porque eu ouço qualquer uma e me lembro.
Eu gosto de quando a gente faz planos, de quando a gente decide o nome dos nossos filhos e cachorros e quando resolvemos o que a gente vai fazer no nosso aniversário de 7 anos de namoro. Gosto de pensar e ver que você pensa também que é para sempre. Mesmo se você não pensar assim, gosto de quando você me diz que o faz. No fundo não importa se vai ser para sempre mesmo, contando que seja para sempre agora. Não queria ver você pensando, mesmo que triste, como que vai ser se não estivermos mais juntos, porque isso não importa. Por enquanto a gente vai envelhecer juntos e viver felizes para sempre na nossa casa com um são bernardo tomando conta. E é só isso que realmente importa. É só você.


Três anos agora. Escrito isso, uns 4 meses permeavam nossa relação, nada do vinha por aí, eu imaginava, nada do que vivemos era de se imaginar, faltam só quatro anos para completarmos os sete que planejávamos, ainda te amo tanto, ou mais até. Meu marinheiro, te espero o quanto for preciso, para te ter para sempre, se já não somos eternos agora.

Tuesday, September 04, 2007

Faz tempo que não escrevo nada

Hoje tentei resumir um livro inútil para a faculdade, mas acabei resolvendo esperar que uma alma caridosa me envie um pronto para que eu simplesmente mude e entregue com a cara mais limpa do mundo (mesma cara que a anta da professora faz toda vez que nos passa um trabalho idiota e inútil para alguém do oitavo período fazer). E uma vez que trabalhinhos de faculdade e textos sem opinião não conseguem manter minha atenção e minha vontade de escrever ativas, resolvi escrever sobre o nada que sempre me diverte.

Minha vida tem passado rápido demais esses últimos meses. Já estou em setembro, sabádo foi aniversário do victor e dia 18 a gente faz 3 anos. Esse ano foi bem conturbado e minha cabeça ainda não está certa nas decisões que fez.
Mas apesar disso meu lema de vida vem me trazendo cada dia mais, a certeza que saber viver é não ter passado cada diazinho desses em branco, ou esperando que ele passe rápido.
Para minha concepção, isso é um grande de um absurdo: essa vida medíocre da espera pelo fim de semana, "ah, como eu luto contra isso". Um dia resolvi ligar o grande do foda-se, no dia que minha vida estava caótica; meu namoro ia de mal a pior, não tinha emprego, não tinha dinheiro, só tinha dívidas e trabalhos escolares pelos quais nunca tive algum interesse que não fosse o de terminar logo para passar de ano. Minha mãe me via como a criatura perdida da família e tudo que eu queria era sumir e ser um pouco feliz sem preocupações. Eu não preciso de muito para ser feliz, caralho!
Pois então... Cansei da lamuriação triste e não poética das reclamações do dia-a-dia, cansei das reclamações e falta de intusiasmo com a vida. Liguei o fuck off e resolvi aproveitar o tempo com isso ligado, até o momento que a vida cairia por cima de mim, me trazendo de volta toda aquela hipocrisia que eu tava cansada de combater inutilmente.
Qual não foi minha surpresa quando poucos semanas depois, durante uma sessão de mind-free que eu revi o que tinha feito com minha vida: desde o dia que havia ligado o foda-se, eu já havia consertado o meu namoro, meu namorado, na verdade; um emprego super divertido ( o de ficar fazendo capas de livros) caiu no meu colo; consegui ganhar dinheiro tirando fotografias; minha mãe voltou a acreditar que eu poderia ter algum futuro; quanto mais eu cagava para o mergulhão de IMPRESSO, mais eu me dava bem na faculdade e, principalmente, meus dias de doidera passaram a ser contínuos e diários, eu perdendo a cabeça every single day; fazendo tudo que a sociedade tanto condena.
Poxa, que sorriso eu não abri, quando percebi que eu não preciso da felicidade que foi inventada, para aproveitar a minha com a cabeça tranquila. Não preciso mais fingir que gosto do que todo mundo procura, quando tudo que eu quero é um pouquinho mais de tranquilidade, amor e sorrisos pro resto da vida. Foda-se que eu não sou rica e não tenho medalhinhas de como fui uma boa menina durante minha vida. O que eu preciso não é o que me oferecem goela abaixo, aliás isso é o que eu mais desprezo, viver uma vida de trabalho duro, estresse, dor de cabeça e falta de tempo para mim e para minha família, assim como a workahoolic da minha mãe.
Eu quero viver das minhas fotos, de um bar, numa cidade pequena, com quem eu gosto e nada mais. eu quero ter tempo para criar laços muito mais extensos do que simplesmente sanguíneos com minha família, quero aproveitar a vida adoidado com meus amigos, aprendendo e pondo em prática o Save Ferris todos os dias; rindo na cara do universo, e dessas vontades absurdas que vivem tentando colocar nas nossas cabeças.
Isso é mais que uma vontade, é um objetivo infinito: viver. Não sobreviver, somente. Degustar cada segundo da minha vida, principalmente depois de saber que essa é minha única chance ;)