Tuesday, August 29, 2006

miss it all

Eu tenho saudade de pessoas que eu ainda não conheço. Sinto falta da presença que nunca tive. Me sinto bem ao pensar nos sorrisos que eu não conheço, é tant gente extraordinária que me dói pela falta. Fui obrigada a engolir muita gente que não vale o centavo que caiu no ônibus, por isso penso ainda nas pessoas que quero conhecer. Eu tenho saudade das pessoas que não conheço.
Eu tenho saudade daqueles que agora adormecem longe. Saudade que dói mesmo. Ver a vida que levam e agora, essa que não cruza mais com a minha. Distância curta, mas longe demais. Tantos sorrisos trocados, abraços apertados, que agora não são mais. Saudade disso tudo e de mais tudo aquilo que poderia ter sido além. Eu tenho saudade daqueles que agora adormecem longe.
Eu tenho saudade de quem está do meu lado. Talvez por medo de perder. Talvez por apego exacerbado que existe em mim. Talvez por amor. Talvez. Mas dói se não está segurando minhas mãos, seguindo meus sorrisos e aceitando meus conselhos. Guardaria todos em meu armário, escondido, perto o bastante para o longe não existir. Eu tenho saudade de quem está do meu lado.

[pulp fiction]

Mia : Don't you hate that?
Vincent : What?
Mia : Uncomfortable silences. Why do we feel it's necessary to yak about bullshit in order to be comfortable?
Vincent : I don't know. That's a good question.
Mia : That's when you know you've found somebody special. When you can just shut the fuck up for a minute and comfortably enjoy the silence.

Monday, August 28, 2006

expressive eyes

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Esse desenho é de um amigo meu, que manda muito bem...
Quem quiser conferir mais trabalhos dele é só ir em http://bmenon-art.blogspot.com

Thursday, August 24, 2006

Esse é bem velho, mas achei bonito.

Queria ter tido a chance de dizer adeus, antes que todos partissem. Por alguns curtos efêmeros momentos, eu os tive. Todos eles. E eles se foram. Como eu já imaginava que aconteceria. Mas eu queria mais uns segundos, que não me deram. E eu fiquei só. Contando as horas para o fim. E contei todas elas, até quando perdi a conta e parei de contar. Mas continuei sem explicação. E sem ninguém também. À beira do abismo que eu espreitava e que espreitava a mim. E eu olhando para cima, à espera de um sinal para me jogar. Sinal que não veio, é óbvio. Sinais foram embora com eles. E me deixaram sem mais nada. Talvez algumas palavras e fotos que eu guardo para não amarelar. E algumas músicas também, isso sempre sobra. Guardei vozes na minha cabeça, também de lembrança. Mas essas eu sei que irão sumir, perdidas no contínuo do descontínuo.

Tuesday, August 22, 2006

tracy chapman

Give me one reason to stay here and I’ll turn right back around
Give me one reason to stay here and I’ll turn right back around
I said, I don’t want leave you lonely
You got to make me change my mind

Baby I got your number ohh!! and I know that you got mine
You know that I called you I called too many times
You can call me baby
You can call me anytime, but you got to call me

Give me one reason to stay here and I’ll turn right back around
Give me one reason to stay here and I’ll turn right back around
I said, I don’t want leave you lonely
You got to make me change my mind

I don’t want no one to squeeze me
They might take away my life
I don’t want no one to squeeze me
They might take away my life
I just want someone to hold me
And rock me through the night

This youthful heart can love you, yes, and give what you need
I said, this youthful heart can love you, boy, and give what you
need
But I’m too old to go chasing you around wasting my precious
energy

Give me one reason to stay here, yes, and I’ll turn right back
around
Give me one reason to stay here, whow, and I’ll turn right back
around
I said, I don’t want leave you lonely
You got to make me change my mind

Baby just give me one reason
Oh! Give me just one reason why
Baby just give me one reason
Oh! Give me just one reason why I should stay
I said I told you that I loved you, and there ain't no more to
say





















ela agride.

Wednesday, August 16, 2006

E a boba aqui sou eu.

Words, they don´t mean a thing. Eu estava pensando, impressionante como as palavras, essas que a gente sempre acredita que são as mais verdadeiras, como elas mentem. Como elas iludem, enganam e cegam. Como a gente se deixa levar por meia palavrinhas de frases bonitas, ou às vezes nem tanto.
Eu lembro que eu já caí nessa armadilha. Já me deixei levar por letrinhas e busquei interpretações maiores do que as que já estavam lá. Entendi além do escancarado, do escrito e mal pago. Escutei músicas buscando um sentido que eu juro até hoje que devia ter. Que tinha.
O mundo tá caminhando para isso mesmo. Dá muito trabalho de viver ao vivo. Internet facilitou a vida de todo mundo, principalmente dos confusos ou babacas. Fica bem mais fácil enganar a menina bobinha que tá ali na espera de alguém exatamente como você pode dizer que é. Meia dúzia de palavras bonitas e ela já pensa que encontrou a pessoa perfeita, que quer passar junto pelo resto da vida.
Teve um cara que me pegou de jeito. Se fez de difícil, depois cuspiu meia dúzia de palavrinhas bonitas e já era. Demorou alguns anos para eu perceber que ele não era o homem da minha vida. Que chorar todo dia não era sinal de alguma coisa boa. Que amor de verdade é aquele sorridente que te dá um abraço quentinho e te chama de meu amor.
Ainda tem remédio, você ainda pode vive e, por sorte sua, talvez, encontrar alguém que valha um sorriso e até, porque não, umas lágrimas de vez em quando. Alguém que não tenha facilidade para dizer coisas bonitas, mas que quando diga qualquer coisa para você, que seja de verdade.



PS: Eu não acho que a culpa sejam deles, os donos das palavras, os melt-hearts. A culpa é nossa mesmo. A gente se deixa levar, querendo acreditar naquilo tudo que é tão bonito no papel ou na tela do computador. Não é que seja bom ser enganada, mas é quase isso. E bom acreditar que aquilo é só pra "MIM". Que eu sou aquela musa inspiradora ou algo assim.

You don't have to mean it
You just got to say it anyway
I just need to hear those words for me

You don't have to say too much
Babe I wouldn't even touch you anyway
I just want to hear you to say to me

Sweet lies
Baby baby dripping from your lips
Sweet sighs
Say to me come on and play
Play with me baby

You don't have to mean it
You just got to say it to me baby
Whisper whisper whisper in my ear
(I don't believe it)
(I don't believe it)

I wouldn't want to use you
Ooh I wouldn't blame you anyway
If you never ever spoke to me
(I don't believe it)

Hmm just say those little words
Sit on my shoulder like a little bird
Baby baby sing those words for me

Sweet lies
Baby baby dripping from yuor lips
Sweet sighs
Ooh you make me cry

Oh baby you know it
You know what I want to hear
Dripping from your lips
I got to tell you baby
Dripping from you lips

You don't have to say too much
Whisper whisper baby baby
I just wanna hear you say to me

(I don't believe it)

You don't have to mean it
Babe just say it anyway
I just need to hear those words from your sweet lips

You don't have to mean it
You don't have to mean it
(I don't believe you)
You don't have to shout across the room
Just whisper in my ear baby

(jagger/richards)

Thursday, August 10, 2006

Sai para lá, macumba e mal-amados

Um dia você acorda e vê que tudo mudou. E mais uma vez acredita que não existirão mais sorrisos, que o mundo inteiro conspira contra você. Você se pergunta, implorando por uma explicação, porque diabos tudo tem que mudar. Mas continua indo dormir e acordando no dia seguinte, mesmo que tenha rezado trezentas vezes na noite passada para continuar dormindo e não acordar. E em um dia seguinte de um dia seguinte qualquer, as coisas mudaram mais uma vez. Como um ciclo que continua rodando. Você está sorrindo de novo e tudo está perfeito em seu lugar. Do dia anterior você já nem se lembra e hoje é um marco temporal. Esse momento pode durar.
Já faz um bom tempo que não acordo em um dia cinzento.
Eu quero que dessa vez seja para sempre, como já é agora.
Obrigada à todos que me fazem sentir vontade de nunca mais ir dormir.

Wednesday, August 09, 2006

no sense

Será que existe alguma razão para isso tudo? Eu só vejo um túnel ao final da luz e isso é um tanto desanimador. Não existe mais certeza, não existe mais conclusão. O mundo escoou nessa insegurança pós-moderna, que fabrica consumidores de uma liberdade que, teoricamente, traria felicidade. Felicidade fugidia, da qual todos fogem ao se manter como certa. Às vezes parece que querem sofrer, mesmo. Só para poder passar a vida inteira a procurar um motivo para ser feliz e fazer dessa procura uma razão para viver.
No fundo são todos patéticos, que ao encontrar esses tais motivos, têm a necessidade de trazer à tona, tudo aquilo poderia os fazer chorar. E é essa dialética inútil que faz transcorrer o dia-a-dia da nossa sociedade atual. Fuzilando a simplicidade do momento só se consegue complicar o próprio entendimento. Quem não sabe que a vida é simples? Toda essa confusão e profusão de coisas só são méritos dos próprios méritos e desejos de não se dizer um simples mortal sem-graça.

Monday, August 07, 2006

Don´t work your stuff, because I´ve got troubles enought

Friday, August 04, 2006

Eu não queria ter que trabalhar

Se eu pudesse eu tirava férias, sem dia para acabar. Ganhva na loteria, montava uma produtora, um bar bem foda e vivia tocando um sax, só para relaxar.
Outro dia eu sonhei que havia ganhado na mega sena. Foi realmente divertido, naquele pouco tempo que durou; tantas dúvidas sobre o que fazer com todo aquele dinheiro. Sem lembrar que uns 50 contos já me faria sorrir nesse momento.
Bom, largando a mesquinharia de lado, o que eu queria mesmo era não ter compromisso com nada. E se preguiça é um pecado, é porque "Deus" não sabe o que é bom de verdade.
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A tal, das pedras.

Somos todos feitos de pedra. Ou pelo menos alguns de nós. Em mim não há pedra na estrutura, só encravaram aquelas que me atiraram. E não foram poucas. Não sei se existe força que vem dessas cicatrizes, existe decepção, futura insegurança e desconfiança, mas força? Essa simplesmente se esvai como um fluxo sanguíneo perdido em alguma transfusão.
Não quero mais que me atirem pedras. Não quero mais pedras em meu caminho. Nunca fiz questão de ser feita de pedra. Mas nunca pedi que me atrapalhasse com elas. Quero um pouco de vidro, que machuca, mas ao menos é transparente. Não viveria mais se pudesse escolher por desistir. Mas tenho coragem de menos para fazer algo tão covarde. Então prossigo. E não tiro as pedras do meu caminho. E nem devolvo aquelas que me atiraram.
Continuo meu caminho no silêncio da falta de força e coragem para gritar. Não descuto a escolha de quem me é próximo e nem faço ser escutada por minhas próprias escolhas. Culpa minha e só dela eu vivo. Culpa dos erros todos. Culpa de tudo que não é minha culpa. Culpa de me sentir culpada por aquilo que fugiria de meu alcance. Culpa das pedras.
Não peço nada a ninguém. Nunca quis nada de ninguém que não me fosse oferecido. Mas nunca pedi dor também, nem nunca pedi que me oferecessem ela. Mas me foi atirada, com o punhado de pedras que eu carrego na superfície. Mas não discuti, ao menos. Aceitei, resignada como sempre fui. Mas dou-me o direito de relatar. Queria um pouco mais de alguma coisa qualquer, mas não peço, como nunca pedi, com medo de que me dêem o que não me serve. Com medo de que me atirem mais pedras.

Thursday, August 03, 2006

Todos os bacanas da cidade

O acúmulo de informação é o que gera o aprendizado e entendimento do mundo. Você estimula seus sentidos e compreende mais facilmente o mundo a sua volta. Essa é a teoria e explicação científica, mas como a humanidade se institui cada vez mais invertendo todos os papeis que lhe foram colocados, essa descarga eletro-choque de conhecimento só funciona com um narcótico invisível que idiotifica ainda mais os seres pensantes, uma vez que uma mínima parcela absorve alguma coisa da informação que consumiu.
Saber nomes se tornou mais importante que realmente compreender a complexa rede de estímulos que cada um desses nomes nos fornece. Imagine que uma música impecável, harmônica em sua estrutura e com uma letra inteligente não agrada somente aos nossos ouvidos, como também sensibiliza nossa visão para o belo, nosso tato para o próximo e nosso olfato para o mundo, como se sugasse-nos para dentro de sua composição; assim acontece com uma leitura relevante, que não adiciona somente palavrinhas ao nosso vocabulário extenso, mas adiciona algo mais que não pode ser explicado verbalmente. Isso não importa mais. Se você souber citar nomes de autores consagrados e músicos sensíveis, você está apto a participar da elite cultural de sua cidade.
A partir desse momento, você pode dizer qualquer coisa, que a plebe ao seu redor irá aplaudir e será entusiasta de qualquer porcaria que você invente. Já existem artistas plásticos que propõem ser, sua própria merda em lata, arte e realmente fazem dinheiro com isso. Juiz de Fora não está longe desse estigma, a sociedade "fotologável" e "orkutizada" cria uma imagem endeusada de si mesmo que diz frases de “efeito” e vende seu peixe, seja ele qual for. Não sei ainda qual personagem dessa história é mais lamentável, se é o porco que vende sua lama como ouro, ou o burro, que compra satisfeito e ainda conta para os amiguinhos fazendo-os se sentirem menores e, assim, constituindo toda uma complexa hierarquia de castas bizarras.
Talvez o mais triste seja perceber que algumas dessas pessoas teriam potencial para ser melhores do que se mostram atualmente, que poderiam crescer e representar alguma coisa boa ou realmente participar de algo maior, como fazem tanta questão de fingir.

Cegos e debilitados todos nós estamos suscetíveis ainda mais a ações trogloditas e inexplicáveis.

those boys rock

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Essa Combinação agride.

Tuesday, August 01, 2006

É velho, mas ainda sou eu

Não existem mais palavras, eu não sei mais o que dizer. Só queria fugir agora. Eu só gostaria de saber fazer alguma, de saber alguma coisa. Estou cansada de ver todos à minha volta fazendo o mundo girar e o meu, ah, o meu, o meu mundo não anda, muito menos gira. Meu mundo, ele fica parado, fica esperando que eu puxe aquela manivela antiga que faz tudo rodar. Mas eu não sirvo para isso, nem para coisa alguma. Eu só sei reclamar da vida e chorar e falar.
Eu não sei. Várias vezes eu queria parar o tempo todo e mundo com essa necessidade de rodar e me pôr para fora e ficar presa naquele momento, único que me deixa feliz e nunca mais olhar, nem para frente, quanto menos para trás. Mas como em qualquer situação como se já era de se esperar, o instante passa e eu me vejo desesperada em busca de alguma coisa que eu não sei o que é e provavelmente não irei saber resolver.
Mas sabe? Deixe estar. Um dia eu vou ser muito boa em qualquer coisa que seja e o mundo vai estar com sua enorme cara redonda no chão. Se surpreendendo com minha capacidade de surpreender. Eu ainda espero isso. Ainda acho que tenho tempo de consertar e sempre me aparece alguem maldoso para me dar esperanças e acreditar que o mundo não é tão frio, como é a noite nessa cidade.


E ainda vou abrir meus braços para o destino, esperando que ele ainda um dia abra os seus para mim e me sorria.