Tuesday, September 04, 2007

Faz tempo que não escrevo nada

Hoje tentei resumir um livro inútil para a faculdade, mas acabei resolvendo esperar que uma alma caridosa me envie um pronto para que eu simplesmente mude e entregue com a cara mais limpa do mundo (mesma cara que a anta da professora faz toda vez que nos passa um trabalho idiota e inútil para alguém do oitavo período fazer). E uma vez que trabalhinhos de faculdade e textos sem opinião não conseguem manter minha atenção e minha vontade de escrever ativas, resolvi escrever sobre o nada que sempre me diverte.

Minha vida tem passado rápido demais esses últimos meses. Já estou em setembro, sabádo foi aniversário do victor e dia 18 a gente faz 3 anos. Esse ano foi bem conturbado e minha cabeça ainda não está certa nas decisões que fez.
Mas apesar disso meu lema de vida vem me trazendo cada dia mais, a certeza que saber viver é não ter passado cada diazinho desses em branco, ou esperando que ele passe rápido.
Para minha concepção, isso é um grande de um absurdo: essa vida medíocre da espera pelo fim de semana, "ah, como eu luto contra isso". Um dia resolvi ligar o grande do foda-se, no dia que minha vida estava caótica; meu namoro ia de mal a pior, não tinha emprego, não tinha dinheiro, só tinha dívidas e trabalhos escolares pelos quais nunca tive algum interesse que não fosse o de terminar logo para passar de ano. Minha mãe me via como a criatura perdida da família e tudo que eu queria era sumir e ser um pouco feliz sem preocupações. Eu não preciso de muito para ser feliz, caralho!
Pois então... Cansei da lamuriação triste e não poética das reclamações do dia-a-dia, cansei das reclamações e falta de intusiasmo com a vida. Liguei o fuck off e resolvi aproveitar o tempo com isso ligado, até o momento que a vida cairia por cima de mim, me trazendo de volta toda aquela hipocrisia que eu tava cansada de combater inutilmente.
Qual não foi minha surpresa quando poucos semanas depois, durante uma sessão de mind-free que eu revi o que tinha feito com minha vida: desde o dia que havia ligado o foda-se, eu já havia consertado o meu namoro, meu namorado, na verdade; um emprego super divertido ( o de ficar fazendo capas de livros) caiu no meu colo; consegui ganhar dinheiro tirando fotografias; minha mãe voltou a acreditar que eu poderia ter algum futuro; quanto mais eu cagava para o mergulhão de IMPRESSO, mais eu me dava bem na faculdade e, principalmente, meus dias de doidera passaram a ser contínuos e diários, eu perdendo a cabeça every single day; fazendo tudo que a sociedade tanto condena.
Poxa, que sorriso eu não abri, quando percebi que eu não preciso da felicidade que foi inventada, para aproveitar a minha com a cabeça tranquila. Não preciso mais fingir que gosto do que todo mundo procura, quando tudo que eu quero é um pouquinho mais de tranquilidade, amor e sorrisos pro resto da vida. Foda-se que eu não sou rica e não tenho medalhinhas de como fui uma boa menina durante minha vida. O que eu preciso não é o que me oferecem goela abaixo, aliás isso é o que eu mais desprezo, viver uma vida de trabalho duro, estresse, dor de cabeça e falta de tempo para mim e para minha família, assim como a workahoolic da minha mãe.
Eu quero viver das minhas fotos, de um bar, numa cidade pequena, com quem eu gosto e nada mais. eu quero ter tempo para criar laços muito mais extensos do que simplesmente sanguíneos com minha família, quero aproveitar a vida adoidado com meus amigos, aprendendo e pondo em prática o Save Ferris todos os dias; rindo na cara do universo, e dessas vontades absurdas que vivem tentando colocar nas nossas cabeças.
Isso é mais que uma vontade, é um objetivo infinito: viver. Não sobreviver, somente. Degustar cada segundo da minha vida, principalmente depois de saber que essa é minha única chance ;)

1 comment:

Ira said...

Eu liguei o foda-se pouquíssimas vezes na minha vida mas descobri que prefiro viver sem ele. Eu também não preciso de muito pra ser feliz. Aliás, o que me faz feliz é tão pouco e todas as vezes que eu tive muito (entenda como pessoas) eu quebrei a cara e não fui feliz.

Adorei o texto.
:*