Sunday, November 26, 2006

anyway... (eu nunca fui boa com títulos)

Eu sempre tive inspirações maiores do que iniciativas. Desde pequena pensava em ser escritora e fazer faculdade disso, que na minha cabeça existia. Os anos foram passando, eu era uma pessoa como qualquer outra, não era bonita, não tinha uma banda. Tive meus problemas e não reclamo deles até hoje.
Um dia a gente acorda e vê que está mais velho do que aquela mocinha que era mocinha quando você ainda era uma criança. E tem que pensar em trabalhar, em se divertir, em ter amigos e alguém para amar. Eu decidi ser jornalista. Não pela curiosidade que eu sempre tive, mas para poder estar perto das palavras, elas que sempre são tão impactantes. Estou fazendo faculdade de Comunicação Social na UFJF, cidade em que me criei, porém em que não nasci. Nasci no Rio, para onde devo voltar um dia que não está longe. Comecei muita coisa na vida que deixei sem terminar, por pensar que no fundo aquilo não era eu. Eu não sou uma jornalista.mas não penso em deixar minha faculdade.
Não me encaixo perfeitamente lá, mas me encaixo da forma que não me encaixaria em mais lugar algum. Minha alma é de artista, mas eu não faço arte. Talvez eu viva na sombra de algum grande talento, no backstage, tentando fazer dele algo maior do que eu sempre quis ser. Eu nasci para estar atrás dos spots. Eu descobri isso e fiquei atrás dele por todo o tempo. Escrevo por que me faz bem, melhor que terapias. Ainda tenho meus medos, anseios e inspirações. Mas agora tenho um pouco mais de iniciativa.
Não tenho pretensões grandiosas, nem nunca tive. Não sei se tenho motivos, como nunca soube compreender na minha vida. Tenho meus sonhos e não corro atrás deles. Não ainda. Porque primeiro preciso descobrir quais são.

4 comments:

Ira said...
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Ira said...

quando eu era criança também queria escritora. meu pai me desanimou quando falou do curso de letras. pra mim, quem estudava português só podia virar professor (no fundo eu até que estava certa). depois quis ser mais um monte de coisas. hoje eu acho que sei o que quero ser. sou uma aspirante a FACOM (faço vestibular esse ano).
também nasci no Rio, já quis voltar, mas hoje eu não sei.

também era uma pessoa como qualquer outra, sem destaque, apagada no fundo da sala (oops, ainda sou assim), também não era bonita e não, não tinha uma banda. meu único diferencial, talvez, tenha sido o teatro.

tenho os meus sonhos e acho que sei quais são e bom, corro atrás deles (ou tento).

amei o seu blog.
:*

Maiara Zortéa said...

"Minha alma é de artista, mas eu não faço arte. Talvez eu viva na sombra de algum grande talento, no backstage, tentando fazer dele algo maior do que eu sempre quis ser."


isso sou eu!
hihihi
eu sempre vou ser aquela que faz tudo dar certo, mas que ngm nunca vai saber quem eu sou.

^^

GustavoBaldez said...

Acho q a única coisa q eu queria era estabilidade espacial. mMs acho q dos acéfalos eu sou o que está sendo preparado pra andar por aí pra cima e pra baixo. Pior é ver isso se confirmando cada vez q eu coloco uma mochila nas costas e compro passagem no guichê..