Tuesday, August 01, 2006

É velho, mas ainda sou eu

Não existem mais palavras, eu não sei mais o que dizer. Só queria fugir agora. Eu só gostaria de saber fazer alguma, de saber alguma coisa. Estou cansada de ver todos à minha volta fazendo o mundo girar e o meu, ah, o meu, o meu mundo não anda, muito menos gira. Meu mundo, ele fica parado, fica esperando que eu puxe aquela manivela antiga que faz tudo rodar. Mas eu não sirvo para isso, nem para coisa alguma. Eu só sei reclamar da vida e chorar e falar.
Eu não sei. Várias vezes eu queria parar o tempo todo e mundo com essa necessidade de rodar e me pôr para fora e ficar presa naquele momento, único que me deixa feliz e nunca mais olhar, nem para frente, quanto menos para trás. Mas como em qualquer situação como se já era de se esperar, o instante passa e eu me vejo desesperada em busca de alguma coisa que eu não sei o que é e provavelmente não irei saber resolver.
Mas sabe? Deixe estar. Um dia eu vou ser muito boa em qualquer coisa que seja e o mundo vai estar com sua enorme cara redonda no chão. Se surpreendendo com minha capacidade de surpreender. Eu ainda espero isso. Ainda acho que tenho tempo de consertar e sempre me aparece alguem maldoso para me dar esperanças e acreditar que o mundo não é tão frio, como é a noite nessa cidade.


E ainda vou abrir meus braços para o destino, esperando que ele ainda um dia abra os seus para mim e me sorria.

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